Pela primeira vez na história, o surfe estará nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC). A competição começa nesta sexta-feira, na praia do Matadeiro, em Floripa. A modalidade entra nos JASC como “apresentação” e contará com 11 cidades representadas no masculino e 10 no feminino. Cinco cidades da região terão atletas na disputa: Itajaí, Balneário Camboriú, Bombinhas, Itapema e Navegantes.

A estreia do surfe acontece no mesmo ano em que a modalidade fez sucesso nas Olimpíadas, com o Brasil na torcida por seus atletas. Gabriel Medina e Tati Weston-Webb brilharam com medalhas de bronze e prata, respectivamente. Para o presidente da Associação de Surf Praias de Itajaí (ASPI), Felipe Alberto Weber Luz, a inclusão da modalidade nos JASC é reflexo do sucesso nas Olimpíadas.

“Cresceu o protagonismo do esporte nacional e internacional, ainda mais. Já tínhamos com a WSL, mas com as Olimpíadas tivemos um salto. O esporte deixou de ser só na praia. Vários outros lugares começaram a fazer piscinas [de ondas]. O surfe, que esteve nas Olimpíadas pela primeira em 2020, teve uma repercussão grande, especialmente para nós brasileiros, que tivemos o primeiro campeão olímpico [Ítalo Ferreira]. Ajudou a criar um ciclo de visibilidade muito grande para os atletas, as associações e federações”, acredita.

SC sempre teve representatividade no surfe brasileiro, revelando atletas e recebendo eventos de nível nacional e internacional. Um exemplo é a catarinense Tainá Hinckel, que representou o Brasil dos Jogos de Paris, e estará na abertura da modalidade nos JASC.

“O surfe nos Jogos Abertos tem um impacto importante e positivo para os nossos atletas. Representa uma série de oportunidades e uma janela que se abre pros próximos. Com maior visibilidade, desenvolvimento de novas gerações que estão vindo e se preparando para competir, e abrindo a possibilidade de mais investimentos e patrocínios para os atletas”, avalia Felipe.

O presidente da ASPI, que inscreveu seis atletas neste ano para competir por Itajaí, destaca como os surfistas do estado podem aproveitar a inclusão da modalidade nos JASC. “Hoje nós temos 11 cidades competindo no surfe, mas temos 295 cidades nos JASC. Isso abre uma janela para os atletas. Se não conseguir competir por sua cidade, ele pode negociar com outra para competir, para ter uma bolsa atleta. Os JASC só vem para fortalecer os atletas e o nosso estado que tem uma representatividade muito grande no surfe”, completa.