A professora Saiúra Trombetta, de Irani, no Oeste de Santa Catarina, é uma das 367 bolsistas que embarcaram no dia 20 de janeiro para um intercâmbio nos Estados Unidos, onde participarão do Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa (PDPI).
Até o dia 4 de março, eles estarão completamente envolvidos no cotidiano do país e terão a oportunidade de expandir os conhecimentos históricos e culturais do idioma na Universidade de Ohio, localizada na cidade de Athens.
Saiúra atua como professora de Inglês na rede pública de Irani e garante que a oportunidade é uma experiência única, que vai contribuir muito para o aperfeiçoamento profissional e ainda mais com a comunidade escolar. "Estamos tendo aulas bem intensas, bastante atividades, inclusive nos finais de semana", contou a professora em entrevista ao Oeste Mais.
No intercâmbio, a professora aproveitou para levar um pouco da história do município através de livros e materiais didáticos que devem ser compartilhados durante a capacitação. O objetivo é promover a cultura e história de Irani.
O programa é uma iniciativa da Comissão Fulbright Brasil e financiado pelo Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com apoio da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil.
“Este processo seletivo era do final de 2019. Em março de 2020 estava previsto para os candidatos do Brasil fazerem as provas nas capitais do seu estado. Eu fiz a prova TOEFL ITP (que avalia habilidades necessárias para alguém ser fluente em inglês) em uma sexta-feira, dia 13 de março. Alguns colegas fizeram também, mas faltavam vários ainda, que na semana seguinte não puderam fazer devido ao início da pandemia”, explica Saiúra.
A professora conta que acabou não sabendo o resultado, pois o edital havia sido suspenso.
“Sempre foi um sonho viajar para fora do país, mas devido a pandemia não teve sequência. Em 2022 o processo foi retomado, o que me surpreendeu, pois nem imaginava. Então, tivemos que fazer toda a inscrição, documentação e prova TOEFL novamente”, conta.
Saiúra relata que o resultado do exame veio em julho, mas ela ainda não sabia se ia entrar nas vagas do estado, por conta do número de inscritos. “Em agosto saiu o resultado preliminar e o meu nome estava lá, eu nem acreditava mais que seria possível”, diz.
Dificuldades
Questionada sobre as dificuldades do intercâmbio, Saiúra destaca que foram várias, desde documentação, que é bem burocrática, até a realização de todos os passos para viajar. Mesmo assim, a professora diz que está vivendo algo surpreendente e que de certa forma, foi uma surpresa.
“Estou dentro de um sonho. As cenas que só víamos em filmes são reais e atuais. Tudo é muito mais incrível pessoalmente. Estudar em uma universidade americana e ter aulas de aperfeiçoamento das metodologias de ensino, fluência da língua e tecnologias está sendo bem proveitoso, mas como é intensivo, temos aula todos os dias, o dia todo, e alguns compromissos a noite. Os professores são maravilhosos e toda a equipe do programa dá um suporte incrível pra gente”, relata.
Outras três professoras dos municípios catarinenses de Descanso, Quilombo e Corupá também estão participando do intercâmbio na mesma universidade que Saiúra está. |