Spencer Elden, o indivíduo que apareceu nu quando criança na capa do clássico álbum Nevermind de 1991 do Nirvana, entrou com uma ação judicial contra a banda e entidades associadas a ela em agosto de 2021. Na ocasião, Elden alegou que a imagem icônica se tratava de pornografia infantil. Depois de algumas idas e vindas legais com o processo, em setembro deste ano ele foi permanentemente rejeitado pelas autoridades.
Agora, essa situação – que parecia ter acabado – ganhou mais um capítulo. De acordo com a revista Spin, nesta semana o processo recebeu oficialmente uma apelação feita por Elden e seus advogados. Na ação executada no Tribunal de Apelações do Nono Circuito da Califórnia, eles alegam que o juiz presidente decidiu por engano que um estatuto de limitações se aplica ao caso, porque o dano que Elden sofreu com a foto está em andamento. Eles também apresentaram a Lei de Masha, assinada em 2006, que permite que vítimas de pornografia infantil busquem danos monetários até a idade adulta.
“Os tribunais têm repetidamente sustentado que a distribuição de pornografia infantil infringe os interesses de dignidade de uma vítima, independentemente da idade da vítima no momento da distribuição”, escreveram os advogados de Elden. O texto da apelação diz ainda que a capa de Nevemind mostra uma manifestação de distúrbios emocionais e sexuais do vocalista Kurt Cobain.
Os membros remanescentes do Nirvana, o baterista Dave Grohl e o baixista Krist Novoselic, juntamente com a viúva de Cobain, Courtney Love, o fotógrafo Kirk Weddle e a gravadora Universal Music, ainda não comentaram a apelação.
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