O Instituto Federal Catarinense (IFC), campus Concórdia, informou à reportagem da emissora ontem que é uma das instituições públicas de ensino do país afetadas pelo corte de recursos no Ministério da Educação (MEC). Nesta semana, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), disse que o bloqueio total para a educação foi de R$ 1 bilhão. Especificamente para a educação superior, é de R$ 328 milhões.

As universidades federais reagiram à medida e disseram temerem pela continuidade dos serviços, uma vez que anteriormente um outro corte de 7% já havia sido aplicado, o que vinha inviabilizando parte das atividades das instituições. Conforme os representantes, serviços como transporte, alimentação, internet, chip de celular, bolsas de estudo, dentre outros elementos poderão deixar de ser custeados.

Em Concórdia, a situação não seria diferente. Conforme o diretor do IFC, Rudinei Exterckoter, isso vai tornar a situação da instituição ainda mais delicada do que já está. Durante a quinta-feira, os dirigentes do instituto se reuniram para tratar do tema em Rio do Sul. Ele ressaltou que o corte afetará a manutenção, como luz, água, alimentação e material de consumo em Concórdia.

Na próxima semana, a equipe local também deverá fazer uma reunião, provavelmente na segunda-feira. Na oportunidade, serão definidos que passos serão tomados e como a instituição vai contornar a redução de verbas. Remanejamentos e cortes estão previstos, mas nada definido até o momento.

Os integrantes do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) emitiu nota sobre o tema. “Quem perde é o estudante, que será impactado na continuidade de seus estudos, pois os recursos da assistência estudantil são fundamentais para a sua permanência na instituição”, disseram.

Em nota, o Ministério da Educação informou que se adequou ao bloqueio, em conformidade com o decreto do governo. A pasta disse ainda que, em dezembro, os valores serão desbloqueados. “"O MEC realizou os estornos necessários nos limites de modo a atender ao Decreto, que corresponde a 5,8% das despesas discricionárias de cada unidade”, diz a nota.