O plenário da Câmara de Vereadores ficou lotado na noite desta terça-feira (19/07), para a audiência pública de apresentação do projeto de reurbanização da Praia Central de Balneário Camboriú, promovida pela prefeitura.

Estiveram presentes à audiência vereadores, secretários e servidores municipais, representantes da sociedade civil organizada, empresários e políticos, entre outros.

A abertura da audiência foi feita pelo prefeito Fabrício Oliveira, e em seguida o projeto foi apresentado por Guto Índio da Costa, coordenador dos núcleos de design e transporte do escritório de arquitetura Índio da Costa.

De acordo com informações da prefeitura, o projeto de reurbanização foi encomendado pelo Instituto +BC ao escritório Índio da Costa, do Rio de Janeiro, e será doado ao Município. O Instituto +BC é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) formada por empresários da cidade que já colaboraram no projeto de recuperação da faixa de areia da Praia Central, também doado à municipalidade.

O projeto

Durante a apresentação, Guto Índio da Costa destacou os 3 pilares do projeto de reurbanização da Praia Central:

Trazer de volta a natureza para o coração da cidade.
Oferecer a toda a população de forma inclusiva o mesmo grau de qualidade, bem-estar e sofisticação dos empreendimentos privados.
Aproveitar a nova orla para dotar a cidade de uma excelente infraestrutura esportiva, artística, cultural e gastronômica, que possa transformar o dia a dia da cidade.
O projeto apresentou as características do novo espaço que será criado, a nova orla contará com:

via de serviços;
faixa de micromobilidade;
faixa de corrida;
faixa de restinga;
iluminação cênica;
300 novas árvores;
calçadão sinuoso;
11 playgrounds;
06 dogparques;
10 canchas de bocha;
16 estações de ginástica;
10 pontos de salva-vidas;
03 pontos de apoio policial;
02 pontos de apoio ao surf;
03 ranchos de pesca.

O acesso a praia será feito por 38 decks de madeira que passarão sobre a restinga, além de 3 rampas com acesso ao mar para PCDs.

Quiosques, milheiros, chuveiros e banheiros, não foram apresentados pois ainda estão em discussão com o SPU (Secretaria do Patrimônio da União).

Restinga

A restinga foi um assunto amplamente discutido durante a audiência pública. Guto Indio da Costa frisou que Balneário Camboriú terá uma restinga não convencional, a restinga será como um jardim urbano, com vegetação rasteira que requer pequena manutenção, que não obstruirá a vista da praia, nem causará sensação de insegurança. Segundo Guto, a restinga virou parte do jardim do projeto e foi desenhada pela equipe de paisagismo.

A secretária do Meio Ambiente de Balneário Camboriú, Maria Heloisa Lenzi, salientou que a Prefeitura está alinhando com o IMA e o Ministério Público, que a restinga tenha a função ambiental de contensão de erosão costeira, mas que também tenha a questão paisagística observada, para isso, está prevista a poda e a limpeza da restinga.

“Na realidade, a restinga será um jardim urbano feito com espécies de restinga, o entendimento de restinga como nas Praias Agrestes, não é o conceito do que será feito na Praia Central”, acrescentou.

“Então esta preocupação de que a restinga possa trazer qualquer insegurança para a praia e proliferação de animais peçonhentos, não procede”, afirmou a secretária.

Contribuições

Contribuições além das que foram apresentadas na Audiência Pública podem ainda ser enviadas para a Prefeitura através do e-mail reurbanizacaodaorla@bc.sc.gov.br até o final deste mês de julho. Essas contribuições também serão apreciadas e incorporadas ou não às projeções finais.

O projeto será finalizado pelos técnicos da Prefeitura de Balneário Camboriú, com as incorporações e detalhamentos necessários para que sejam feitas as projeções econômico-financeiras que determinarão o custo real da obra e as formas de custeio e de licitação.