A Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) repudia o aumento do óleo diesel. A alta anunciada pela Petrobras é de 14,26% a partir do último sábado, dia 18.
Em nota publicada, a Federação alerta para “o risco de colapso no setor de transporte rodoviário de cargas”. E classifica de “equivocada” a política de preços da Petrobras.
A Federação aponta que “a mudança gera enorme impacto negativo na prestação de serviços do Transporte Rodoviário de Cargas,responsável pela logística de mais de 60% de tudo o que se produz e consome no Brasil”.
Pelos dados da Federação, o diesel é o maior componente de custos da atividade de transporte, podendo representar até 60% do valor dos fretes nas cargas lotação (em um frete de R$ 1 mil, por exemplo, R$ 600 correspondem à despesa com óleo diesel).
A Fetrancesc entende que em um momento de crise generalizada, a Petrobras e o governo federal deveriam ter uma preocupação maior para reduzir a inflação e equilibrar a economia.
Com o novo aumento do óleo diesel, a Fetrancesc, que diz representar cerca de 20 mil empresas em Santa Catarina, reivindica reajuste de 5% a 9% nos fretes.
Histórico dos aumentos
Levantamento da Fetrancesc aponta que, de janeiro de 2021 a janeiro de 2022, o diesel teve elevação de 64% no preço comercializado pela Petrobras. De janeiro a junho deste ano, a elevação foi de 67%. Em paralelo a isso, com o reajuste anunciado nesta semana, desde janeiro de 2021, o óleo diesel já acumulou 174% de aumento. |