O ex-goleiro José Luis Chilavert, de 56 anos, anunciou que vai concorrer à presidência do Paraguai em abril de 2023. Ele fez o comunicado em seus perfis nas redes sociais e divulgou um portal com sua plataforma de governo.
– Precisamos de um país com credibilidade para que nos respeitem e que venham os capitalistas investir aqui. Não há tempo para olhar para trás. Não há tempo a perder – declarou o ex-jogador.
Segundo a imprensa do país, o ex-atleta será filiado ao Partido da Juventude, uma terceira via aos dois partidos que costumam dominar a política paraguaia, o Partido Liberal e o Partido Colorado, do atual presidente Mario Abdo Benítez, no poder desde 2018.
O ex-goleiro agora atua para tentar anular sua condenação em um processo movido pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, por calúnia e difamação. Em maio deste ano, Chilavert foi condenado a um ano de prisão por ataques ao dirigente nas redes sociais. A pena foi revertida em medidas alternativas.
O advogado do ex-jogador, Pedro Wilson Marinoni, garante que o processo judicial não atrapalha a candidatura de Chilavert. No entanto, a defesa do ex-Vélez Sarsfield tenta anulá-lo por “falta de provas contundentes”.
Chilavert é um dos maiores jogadores da história do futebol paraguaio, com duas Copas do Mundo no currículo, em 1998 e 2002. Em sua época, era reconhecido como um dos melhores goleiros em atividade. Ele começou a carreira no Sportivo Luqueño, passou pelo Guaraní, foi para o San Lorenzo, depois o Real Zaragoza, da Espanha, até chegar ao Vélez Sarsfield, em 1992.
No time de Liniers, o paraguaio viveu o auge. Atuou por quase 10 anos na equipe, foi campeão da Libertadores e da Copa Intercontinental em 1994. Assim como Rogério Ceni, ficou marcado por seus gols em cobranças de falta e pênalti, com 67 bolas na rede na carreira.
Chilavert tenta repetir o feito do ex-atacante George Weah, Bola de Ouro de 1995. Ex-Milan e PSG, ele é presidente da Libéria desde 2018. |