Desde que o técnico holandês Louis van Gaal trocou o goleiro Jasper Cillessen pelo reserva Tim Krul apenas para a decisão por pênaltis contra a Costa Rica, nas quartas de final da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, a prática deixou de ser exatamente uma novidade. Mas a Austrália, do treinador Graham Arnold, conseguiu surpreender novamente nesta segunda-feira.
Ao substituir o titular Matthew Ryan no fim da prorrogação contra o Peru, no jogo que decidia vaga na Copa de 2022, o australiano Andrew Redmayne mostrou logo na primeira cobrança de pênaltis que tinha uma arma secreta: saltitar de um lado para o outro sobre a linha, balançando os braços e as pernas, para tentar desestabilizar os cobradores. Deu certo: pegou a sexta cobrança peruana e garantiu a vitória por 5 a 4 nos pênaltis, que classificou a Austrália para a Copa.
Um hábito que vem de longe, mas parece só aparecer nos momentos decisivos. Segundo o site de estatísticas Transfermarkt, o goleiro australiano defendeu apenas quatro pênaltis em 27 na carreira, contando apenas cobranças feitas durante as partidas.
Mas quando o assunto é decisão por pênaltis, Redmayne tem história. Em 2008, pegou três cobranças da Coreia do Sul na final e garantiu um título de um torneio sub-19 para a Austrália. Pelo Sydney FC, seu atual clube, a dancinha funcionou na decisão do Campeonato Australiano de 2019: Redmayne pegou duas cobranças contra o Perth Glory. |