Antibióticos infantis e xaropes antialérgicos já começam a faltar nas prateleiras das farmácias e drogarias de Concórdia. Algumas marcas de anticoncepcionais também estão em falta. Remédios de uso contínuo como para pessoas com diabetes também podem começar a faltar. Entre os motivos, dizem secretarias de Saúde e entidades do setor, estão problemas no fornecimento pelo Ministério da Saúde e dificuldades de importação de insumos para a fabricação dos mesmos, por causa da guerra na Ucrânia, do lockdown na China e movimentos de protesto de funcionários em portos e aeroportos.

Em contato com profissionais e empresários do ramo farmacêutico em Concórdia, eles confirmaram a preocupação com a falta de alguns medicamentos e que em muitos casos, os clientes são orientados a conversar com o médico para prescrever outro remédio que tenha disponibilidade no mercado. Uma empresária disse que há cerca de 45 dias não consegue repor os remédios com a frequência necessária. E que faz relatórios diários com os medicamentos faltantes para que os pediatras possam ter uma ideia do que receitar. Ela confirmou que o paracetamol, que é bastante utilizado para baixar a febre, já começa a faltar.

Consultada pela Aliança FM, uma fonte da Vigilância Sanitária de Santa Catarina confirma essa situação e diz que se trata de um problema nacional, uma vez que os insumos para a produção de remédios não estão disponíveis, já que a maior parte é importada.

O gerente Regional de Saúde, Fernando Guiliani, que está em Florianópolis, também demonstrou preocupação e informou que, de acordo com a SES, o setor farmacêutico está encontrando dificuldades na manutenção da regularidade de estoque de medicamentos. Muitos itens já possui ata de registro de preço vigente, porém com atraso de entrega dos fornecedores.

O secretário de saúde em exercício em Concórdia, Leandro Zorzan, afirma que na rede pública existe a dificuldade na aquisição, no entanto, não há falta de medicamentos.

O aumento de casos de gripe e de infecções pelo coronavírus também são apontados como motivos para o desabastecimento de alguns medicamentos.