Associações ligadas ao movimento negro pressionam por resposta institucional após fala considerada xenofóbica da vereadora Rutinéia Rossi; novo protesto ocorreu nesta quinta-feira
As repercussões em torno do discurso da vereadora Rutineia Rossi (PL), que usou o termo “baianada” durante uma sessão da Câmara de Concórdia, continuam mobilizando entidades e movimentos ligados à defesa dos direitos humanos e da igualdade racial. Ao final da sessão legislativa de quinta-feira (22), representantes de associações afrodescendentes realizaram um novo protesto no plenário do Legislativo municipal.
Com cartazes, falas públicas e declarações à imprensa, os manifestantes voltaram a classificar a fala da parlamentar como xenofóbica e discriminatória, reiterando que a expressão usada tem conotação pejorativa e ofensiva, especialmente quando associada a estereótipos negativos sobre pessoas nordestinas.
As entidades também cobraram uma posição oficial da Câmara de Vereadores em relação ao episódio. O presidente do Legislativo, vereador Closmar Zagonel (MDB), reafirmou à imprensa que está agendada uma reunião com os representantes das associações para discutir o caso e ouvir suas demandas.
A polêmica se intensificou nos últimos dias após a divulgação de uma nota de repúdio assinada por entidades da educação e movimentos antirracistas. Para os organizadores dos protestos, é necessário que o Legislativo não apenas promova o debate, mas também adote medidas que reforcem o compromisso com o respeito e a diversidade.
A vereadora Rutineia Rossi, até o momento, não apresentou um pedido público de desculpas, o que tem sido considerado um agravante pelas lideranças envolvidas nas manifestações.
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