Estudo da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) indica que neste ano 45 milhões de ovos de páscoa serão produzidos, uma queda de 22,4% na comparação com 2024, quando a fabricação foi de 58 milhões. O motivo é a queda da produção mundial do cacau por conta do clima, o que tem encarecido o chocolate, com aumento de 190% em dois anos.
O aumento ocorre por problemas climáticos nas lavouras dos maiores produtores do fruto do mundo, localizados na África. O continente representa 70% do fornecimento mundial da amêndoa. E isso afeta o chocolate brasileiro, já que o cacau é uma commodity, ou seja, o seu preço é definido internacionalmente. Apesar de produzir 4% do cacau de todo mundo, o Brasil não consegue suprir sua própria demanda, com a alta sendo repassada aos poucos ao consumidor brasileiro. Nos acumulados dos 12 meses até janeiro, o preço do chocolate em barra e do bombom subiu 16,53%, enquanto o chocolate e o pó achocolatado encareceram 12,49%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Uma das alternativas que as empresas têm lançado é a diminuição do tamanho das barras e o lançamento de mais mix de produtos.
A alta nos ovos de páscoa deve ser de 8 a 12% no mercado nacional, abaixo do mercado internacional, fazendo o setor perder rentabilidade sem passar todo custo ao consumidor final.
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