O Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina (TJD-SC) julgará na tarde desta quarta-feira (19), às 17h, o mérito do pedido do Barra de impugnação do jogo contra o Caravaggio pela última rodada da primeira fase do estadual. Com isso, o futuro do Campeonato Catarinense pode mudar dependendo do resultado.

Confira os cenários possíveis sobre o futuro do Catarinense após o julgamento

O que pode acontecer se o Barra vencer nos tribunais

Caso a Justiça atenda o pedido do Pescador, o Campeonato Catarinense pode “voltar algumas casas” até o que aconteceu no dia 22 de fevereiro na Arena Barra, ou seja, o jogo do polêmico gol anulado pelo árbitro Braulio da Silva Machado após o apito final.

— O campeonato, além de ser refeito na fase final, teria que voltar uma casinha para que a partida entre Barra e Caravaggio seja novamente disputada — explica Eduardo Carlezzo, advogado especialista em futebol.

Porém, existe ainda a chance dos auditores do TJD-SC apenas alterarem o placar do jogo e definir a vitória do Barra. Com isso, o Campeonato Catarinense voltaria para as quartas de final com dois jogos diferentes.

O Criciúma enfrentaria o Marcílio Dias e o Santa Catarina decidiria a vaga contra o Barra. Por outro lado, dois jogos não sofreriam mudanças, que seriam o clássico entre Avaí e Figueirense e o confronto entre Brusque e Chapecoense.


Como ficaria o chaveamento dos jogos das quartas de final do Campeonato Catarinense em caso de vitória do Barra nos tribunais (Foto: NSC TV, Reprodução)
Continua depois da publicidade

— Uma eventual impugnação de partida tem ume efeito em cascata e temos que considerar também as datas disponíveis para as partidas e lembrar que logo iniciarão as competições nacionais, como as Séries A, B, C e D. Portanto, não é fácil a decisão — complementa explica Eduardo Carlezzo.

Derrota do Barra nos tribunais
Caso a Justiça julgue o mérito e não atenda o pedido de impugnação do jogo, o Campeonato Catarinense segue normalmente. Dessa forma, os jogos são mantidos e Avaí e Chapecoense fazem o segundo jogo da final neste sábado (22), às 16h30min, no estádio da Ressacada, em Florianópolis.

Vale lembrar ainda que o Barra e a Federação Catarinense de Futebol (FCF) podem recorrer ao Superior Tribunal de Desportiva (STJD). No entanto, caso o caminho seja seguido, a decisão deve demorar.

— Decisão do STJD não costuma chegar tão rápido, ou seja, fatalmente chegaria muito depois do término do campeonato — complementa o advogado especialista em futebol.

Relembre o caso

Vale lembrar que tudo começou no dia 22 de fevereiro, na Arena Barra, quando o árbitro Braulio da Silva Machado validou o gol do Pescador já no último lance do jogo contra o Caravaggio e, em seguida, finalizar o jogo. A vitória garantiria o Barra nas quartas de final na 7ª colocação, o Marcílio Dias na 8ª e o Joinville fora da fase mata-mata.

Porém, após o jogo finalizado, o árbitro ainda estava em campo, voltou atrás e anulou o gol do Barra. Com isso, a equipe foi eliminada e o JEC ficou com a vaga em 8º lugar e o Marcílio em 7º. Em seguida, iniciou-se a disputa nos tribunais de Santa Catarina.

O Barra pediu a impugnação da partida alegando que o árbitro cometeu “erro de direito”, ou seja, executou a regra do jogo de forma errada. No entanto, o presidente do TJD-SC, Afonso Buerger Filho, não recebeu a denúncia afirmando que o caso não se aplicava ao que o Pescador defendia.

No entanto, a equipe recorreu e o primeiro julgamento foi para definir se o tribunal deveria receber a denúncia e colocar o mérito da questão em pauta. O episódio aconteceu no dia 6 de março e a decisão foi favorável ao Barra por 4 votos a 2 dos auditores do TJD–SC. Com isso, não foi reconhecido o resultado da partida entre Caravaggio e Barra e os pontos não foram computados na tabela de classificação