A Câmara de Vereadores realizou sessão extraordinária nesta sexta-feira (28) para debater a falta de água no município de Concórdia. Em meio aos pronunciamentos, o vereador Edevandro da Rocha (PSD) foi à tribuna e trouxe números importantes. Segundo o parlamentar, nos últimos anos a Casan faturou com as contas de água e esgoto em Concórdia R$ 550 milhões, e teria feito investimentos na ordem de R$ 134 milhões.
Se a conta estiver certa, sobraram nos cofres da companhia R$ 416 milhões. Com estes números, é possível começar a entender por que a direção da Casan resiste em passar todas as informações para a empresa Concórdia Saneamento, que venceu o processo de licitação para o abastecimento de água e esgoto no município. A falta de transição entre as empresas, numa operação assistida, faz a população sofrer com a falta de abastecimento.
Durante a sessão extraordinária, os vereadores aprovaram diversos requerimentos de convocação. O primeiro para a direção da Casan — que já foi acionada e ainda não respondeu ao ofício da presidência da Câmara para comparecer no legislativo e apresentar as razões de não ter havido a transição, além da ocultação de documentos importantes; outro requerimento aprovado será enviado a direção da Aris — Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento de Santa Catarina que não fiscaliza a transição conforme deveria. Alguns vereadores apontam a necessidade de chamar também o Ministério Público para auxiliar na solução do problema e o governador Jorginho Mello, em razão do descaso da direção da Casan que não tem respondido aos requerimentos dos vereadores. |