Divulgado na última quinta-feira (12), o Boletim InfoGripe da Fiocruz mostra que Santa Catarina e outros 14 estados do país têm uma tendência de aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) a longo prazo. Os dados consideraram a quantidade de casos nas últimas seis semanas.

O crescimento é impulsionado principalmente por casos de rinovírus, entre crianças de zero a 14 anos, e de covid-19, nas demais faixas etárias, segundo a Fiocruz.

Conforme a Secretaria do Estado de Saúde (SES), houve um aumento de casos de SRAG a partir da metade do mês de agosto. O Estado contabilizou 919 notificações e 27 óbitos pela síndrome ao longo do mês passado.

Em relação ao ano passado, Santa Catarina vem registrando leve aumento no número de casos. Entre janeiro a agosto de 2024, Santa Catarina teve 9.530 notificação de SRAG, 528 a mais do que no mesmo período de 2023, quando foram 9.002 casos.

Em nota, a secretaria informou que monitora a evolução de casos. “A SES reforça a importância das medidas não farmacológicas (etiqueta da tosse, ambientes arejados, busca do serviço de saúde na presença de sintomas respiratórios, etc.) assim como a busca pela vacina da Influenza e da covid-19 que auxiliam na proteção dos casos graves causados por estes vírus”

Casos de covid aumentam em todo o Brasil
Além de Santa Catarina, estados de todo o país apresentam crescimento de SRAG a longo prazo, segundo a Fiocruz: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. A curto prazo (considerando dados das últimas três semanas), cinco unidades da federação registram aumento: Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Segundo a Fiocruz, os estados que mais se destacam nesse momento pelo aumento da covid-19 são Goiás e São Paulo. A preocupação maior é com esse último, devido a grande movimentação de pessoas que passam pelo Estado e depois se deslocam por outras regiões. Os pesquisadores alertam para a possibilidade de o estado impulsionar a disseminação e o crescimento da doença pelo país.

— Com esse quadro preocupante, é fundamental seguir recomendações como uso de máscara em locais fechados com maior aglomeração de pessoas e com menor circulação de ar, assim como dentro dos postos de saúde. Em caso de aparecimento dos sintomas, o recomendado é ficar em isolamento em casa, se recuperando da infecção e, assim, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas — orienta a pesquisadora.