A OAB/SC suspendeu o registro para advogar dos envolvidos na Operação Balthus. Um advogado de Joaçaba e sua esposa, além de uma advogada de Água Doce, estão presos de forma preventiva. As advogadas de Capinzal e Piratuba, por enquanto, estão apenas com o registro suspenso. As suspensões ocorreram nos dias 14 e 20 de junho. Além de não poderem exercer a advocacia por 90 dias, as advogadas estão proibidas de chegar a mais de 300 metros das unidades prisionais do Estado. Para verificar os nomes, basta acessar o site da OAB, https://cna.oab.org.br/.
No dia 13 de junho, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Estadual de Enfrentamento a Facções Criminosas (GEFAC) cumpriram 11 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e três de suspensão cautelar do exercício da advocacia, expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Joaçaba.
A Operação Balthus recebeu esse nome em alusão a um tipo específico de nó de gravata, o “nó Balthus”. No linguajar prisional, “gravata” é o termo utilizado pelos detentos para se referir aos advogados. O nome da operação reflete diretamente o foco das investigações: advogados suspeitos de abusar de suas prerrogativas profissionais para facilitar a comunicação, ou “sintonia”, entre os presos.
Esse processo de comunicação coloca a sociedade em risco e promove o crescimento e avanço contínuo de organizações criminosas, principalmente porque tem se tornado um método eficaz para o funcionamento do sistema de comunicação entre criminosos, garantindo que as informações ilícitas permaneçam sendo transmitidas, por meio de advogados, entre eles e para terceiros.
A investigação segue em segredo de justiça. |