A mídia esportiva brasileira perdeu entre quarta (15) e quinta-feira (16) três de seus grandes nomes: Washington Rodrigues, o Apolinho, ícone do rádio carioca; o jornalista Antero Greco, que teve passagens destacadas no jornal e na TV; e o narrador Sílvio Luiz, voz onipresente nas partidas de futebol durante décadas.
Apolinho morreu na noite de quarta-feira (15), aos 87 anos, após lutar contra um câncer no Rio de Janeiro. Greco se foi na madrugada do dia seguinte, em São Paulo, aos 69 anos, também vítima da doença. Horas depois, ainda na capital paulista, faleceu Sílvio Luiz, aos 89, anos em decorrência de um AVC, sofrido durante uma transmissão.
Washington Rodrigues passou pelas maiores emissoras de rádios do Rio de Janeiro. Ganhou o apelido de Apolinho em 1969, por causa de um microfone sem fio que usava, similar ao dos astronautas americanos que fizeram a missão lunar naquele ano. Popularizou expressões que transpuseram as fronteiras do futebol, como “briga de cachorro grande” e “pinto no lixo” – esta última, referência a alguém em estado de êxtase. Flamenguista fanático, Apolinho chegou a assumir a função de técnico do clube de coração em 1995. A revista Placar relembrou como foi essa experiência.
Antero Greco dedicou 50 dos quase 70 anos que viveu ao jornalismo. Na mídia impressa, seu vínculo mais duradouro foi com o jornal O Estado de S.Paulo, onde foi repórter, editor e colunista. Na televisão, sua passagem mais marcante foi na ESPN Brasil, canal em que trabalhou praticamente desde a sua fundação. Ao lado de Paulo Soares, formou uma carismática dupla de apresentadores no programa diário Sportscenter. A revista Quem resgatou alguns dos momentos mais cativantes dos dois.
Sílvio Luiz narrou sua primeira partida de futebol em 1974, mas sua carreira começou muito antes disso. Como locutor de rádio, gravou vinhetas e participações em radionovelas ainda nos anos 1950 e, como ator, participou de novelas na televisão. Sua incursão no esporte aconteceu nos anos 1960, como repórter de campo – ele ainda fez um curso de árbitro de futebol e se habilitou para exercer a função profissionalmente. Mas foi nas cabines de transmissão que ele se consagrou. Não gritava gol (e sim “éééééé”) e criou bordões como “olho no lance” e “pelas barbas do profeta”. O portal UOL elencou algumas das suas expressões mais famosas.
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