Na próxima quinta-feira a Associação dos Municípios da Região Carbonífera escolherá o seu novo presidente. O processo desta vez quebra uma tradição de décadas. Nunca antes houve disputa, sempre consenso. O presidente atual deixa o cargo se desculpando com a comunidade. Suas desculpas, entretanto, devem ser bem compreendidas.
Logo que assumiu em janeiro de 2023, Noi Coral (PP), prefeito de Morro da Fumaça sofreu um boicote de cinco outros prefeitos. Isso porque ele decidiu trocar o secretário-executivo. O grupo de prefeitos de Criciúma, Cocal do Sul, Siderópolis, Forquilhinha e Nova Veneza decidiu parar de contribuir por não concordar com a troca.
Assim a associação passou um ano inteiro sem os recursos aportados por estas cidades. Isso reduziu a arrecadação em cerca de R$ 500 mil. Por isso todos os servidores do local foram demitidos, mantendo apenas o novo secretário-executivo e a responsável pela limpeza da sede.
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Com o término do mandato de Coral, o grupo de cinco prefeitos está recolocando as contas em dia para participar do processo. Entendem que o retorno deles mantém um acordo antigo de que o prefeito de Nova Veneza assumiria o cargo. Já o grupo que permaneceu entende que o acordo foi quebrado.
Por isso os municípios que permaneceram na entidade anunciam que apresentarão uma chapa, evitando que os dissidentes voltem e ocupem a presidência.
Como o grupo dissidente tem a possibilidade de ter o apoio do prefeito de Treviso, com isso somando seis dos 12 votos possíveis, o grupo liderado por Noi promete escalar como candidato o prefeito Jorge Koch (MDB, de Orleans. Assim, teoricamente, aconteceria uma empate de 6 a 6. Como Koch é o mais velho dos prefeitos, em caso de empate seria o escolhido.
Este processo entra para a história como uma das mais nocivas brigas políticas na história da associação de municípios da região carbonífera.
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