O Prefeito de Concórdia Rogério Pacheco considerou a decisão por parte de alguns vereadores do município de forma "irresponsável e inconsequente" referente à rejeição do subsídio para o transporte coletivo urbano em sessão extraordinária no legislativo realizada na última segunda-feira, dia 15.
Em entrevista concedida ao programa Visão Geral na manhã desta quinta-feira (18), Pacheco lamentou novamente a decisão e disse que o presidente da Câmara de Vereadores não está preparado para a função do poder legislativo.
"Lamentamos a cada manifestação e decisão. Percebemos que ele não está preparado para assumir este cargo tão importante, poder que é constituído que tem o papel de interagir e trabalhar em harmonia entre os poderes, e, acabou tomando essa decisão com o seu voto de minerva, não só ele, outros vereadores também, acabaram protelando a votação em duas oportunidades e quem está sendo prejudicado neste momento é o cidadão que mais precisa do transporte.", lamentou.
O prefeito acredita que a decisão pela não aprovação do projeto do subsídio é política.
"Estamos em um período eleitoral, isso ficou muito claro, porque encaminhamos o projeto ainda no mês de dezembro, protelaram a votação e a proposta sequer foi analisada. Precisei fazer a convocação extraordinária, mesmo assim, o regimento interno não foi cumprido, criaram um parecer sem fundamento e toda essa situação causou o problema. Nossa comissão vem discutindo este assunto desde o mês de setembro de 2023, e já havíamos alertado que o preço da tarifa de R$ 5,00 sem o subsídio não estava mais cobrindo o custo do transporte, segundo a empresa Hodierna que apresentou a planilha de custos", avalia.
Pacheco ainda disse estar surpreso com a decisão por parte de alguns vereadores que fazem parte da comissão do transporte na Câmara de vereadores, presidida pelo Vereador Vilmar Comassetto (PDT).
"Foi feito um levantamento e apresentado um parecer comprovando que não havia outro caminho a não ser o subsídio, para poder baixar a tarifa de R$ 8,00 para R$ 4,50. Não consigo entender que alguns membros dessa comissão assinaram, concordando com a proposta e, no dia da sessão, votaram contra. É lamentável, tudo isso caracteriza uma decisão política em razão de estarmos em um ano de eleição." pontua.
Ainda sobre a polêmica, o Prefeito reiterou que o subsídio para o transporte coletivo urbano é uma prática que ocorre em todo o país e em alguns municípios da região. Paralelo a isso, Pacheco disse que precisa seguir a planilha de custos criada em 2014, conforme consta no contrato firmado entre o poder público e a Hodierna, alegando que pode ser penalizado caso descumprisse o acordo contratual.
Por fim, o Prefeito de Concórdia disse que era muito importante aprovar o PL do Subsídio neste momento e outros assuntos levantados durante a discussão, principalmente a questão que envolve a infraestrutura do transporte e a possibilidade de tarifa zero, deveriam ter sido discutidos posteriormente.
Pacheco pretende se reunir com entidades e a comissão do transporte do legislativo para discutir nos próximos dias a situação da tarifa com o intuito de buscar uma solução para os usuários que mais necessitam do serviço.
Desde o dia 3 de janeiro, os usuários do transporte coletivo urbano de Concórdia estão tendo um acréscimo considerável no valor da passagem. A nova tarifa é de 8 reais. O projeto de subsídio enviado pelo executivo prevê a tarifa social no valor de R$ 4,50. |