Ficou uma tensão entre as prefeituras de Curitiba e Balneário Camboriú após a acusação de que pessoas em situação de rua teriam sido enviadas de Curitiba para Balneário Camboriú, no dia 5 de janeiro. A prefeitura de Curitiba exige uma retratação, negando as alegações de encaminhamento sem vínculo com a cidade catarinense. A informação é da colunista Dagmara Spautz, do NSC Total.
A controvérsia começou quando a Abordagem Social da prefeitura de Balneário Camboriú divulgou um vídeo alegando que pessoas em situação de rua foram transportadas em um ônibus interestadual, com passagens supostamente compradas pela prefeitura de Curitiba. As pessoas supostamente não possuíam vínculo com Balneário Camboriú. Segundo o relato, ao menos três indivíduos foram encaminhados para a Casa de Passagem, uma instituição de apoio, ao chegarem à cidade.
Por outro lado, a Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba negou as acusações, informando que, conforme registros em seu sistema, não foram emitidas passagens para Balneário Camboriú no mês de janeiro para pessoas em situação de rua. A FAS esclareceu que a emissão de passagens ocorre apenas quando há comprovação de vínculo com o destino, como a existência de familiares, amigos ou rede de apoio na cidade desejada.
Até o momento, a prefeitura de Balneário Camboriú não se pronunciou sobre se irá atender ao pedido de retratação feito por Curitiba. Este incidente vem na esteira de uma operação realizada em outubro pela Polícia Militar, na qual pessoas em situação de rua foram enviadas de Itajaí para Balneário Camboriú, gerando repercussão nacional. Durante a operação, um grupo de pelo menos 30 pessoas foi obrigado a caminhar pela BR-101 e deixado à margem da rodovia. |