Foi negado nesta semana um pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que visava reverter a liberdade concedida a Claudia Hoeckler, de 40 anos. Ela é acusada de assassinar o marido Valdemir Hoeckler, de 52 anos, e congelar o corpo em um freezer no interior de Lacerdópolis, no Meio-Oeste de Santa Catarina.
A informação foi divulgada pelo advogado de defesa da mulher, Marcos Alencar, do escritório Alencar e Martinazzo. Segundo ele, a decisão partiu da segunda vice-presidência do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. “O Tribunal manteve ela em liberdade e assim ela continuará até o final do processo”, ressaltou ele nas redes sociais.
Claudia foi posta em liberdade no dia 17 de agosto. Ela estava no Presídio Regional Feminino de Chapecó desde novembro do ano passado, após o crime. Na época, o TJSC disse que os desembargadores decidiram, por unanimidade, substituir a prisão preventiva por medidas cautelares.
O Tribunal de Justiça da Comarca de Capinzal decidiu em outubro que Claudia vai a júri popular. O julgamento vai apurar eventual responsabilidade de acusada no homicídio do marido. Na época da pronúncia de sentença, o advogado também confirmou que entraria com recurso para discutir a materialidade do crime e qualificadoras.
A ré foi pronunciada pelos crimes de homicídio duplamente qualificado - pela asfixia e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
De acordo com a denúncia, a ré teria dopado o marido, amarrado seus pés, pernas e braços e o asfixiado com uma sacola. Após a consumação do homicídio, escondeu o corpo em um freezer e, no dia seguinte, registrou um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da vítima. |