A juíza Dra. Monica Fracari proferiu nesta quarta-feira (18) sentença de pronúncia para levar Claudia Fernandes Tavares Hoeckler a júri popular na Comarca de Capinzal.
Ela é acusada de homicídio duplamente qualificado por asfixia ou meio cruel, impossibilidade de defesa do ofendido, ocultação de cadáver e falsidade ideológica no caso da morte de Valdemir Hoeckler, 52 anos.
O advogado Marco Antônio Vasconcellos de Alencar, que defende Claudia afirmou à reportagem da Capinzal FM que estará interpondo recursos para discutir a decisão e assim que protocolado será informado.
“Claudia permanece em liberdade, não houve nenhum tipo de modificação nesse aspecto. Continua o processo com a gente para discutir a autoria, a materialidade do crime e as qualificadoras que foram colocadas pelo Ministério Público”, destacou.
O processo tramita em segredo de justiça, e a sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri ainda não tem data definida.
Relembre
O crime aconteceu em novembro de 2022 no interior do município de Lacerdópolis. Valdemir desapareceu no dia 14 de novembro e foi encontrado no dia 19 de novembro. No dia 18 de novembro, a esposa de Valdemir prestou depoimento na Delegacia de Polícia Civil, onde foram encontradas lacunas na narrativa.
Com suspeitas de que o corpo poderia estar escondido na própria residência, a polícia iniciou buscas, resultando na descoberta do corpo congelado no interior do freezer. Claudia admitiu ter tirado a vida de seu companheiro, alegando ter sido vítima de agressões, perseguição e humilhações. Ela se entregou à polícia em 21 de novembro.
Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Claudia teria dopado Valdemir com medicamentos de rotina, amarrado seus pés, pernas e braços para imobilizá-lo e, em seguida, colocado uma sacola plástica em sua cabeça, apertando-a com pedaços de borracha, levando à asfixia e, consequentemente, à sua morte. O corpo foi então escondido no freezer.
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