Cerca de R$ 600 milhões em negócios foram realizados ou prospectados durante os dez dias da Exposição Feira Agropecuária Comercial e Industrial de Chapecó (Efapi). O levantamento das vendas foi coordenado pelo Centro Empresarial Chapecó e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município. São R$ 210 milhões em vendas fechadas durante a feira e R$ 400 milhões prospectados e que serão realizados nos próximos meses.
“Eu já esperava um volume de negócios de cerca de R$ 500 milhões, mas a feira surpreendeu. Estão todos de parabéns pelo envolvimento e dedicação para que esta se tornasse a melhor e maior feira de todos os tempos”, disse o presidente de honra, Romeo Bet.
A coordenadora geral da Comissão Central Organizadora, Isabel Machado, disse que esta feira superou todas as expectativas, tanto de negócios, quanto de público.
“Nós procuramos fazer coisas diferentes, inovar, tivemos uma preocupação especial com o público, em tornar uma feira mais humana, acessível, com ambientes agradáveis e com acessibilidade. Sinto-me honrada por ser a primeira mulher a coordenar a feira. Foi sensacional”, disse Isabel.
O prefeito João Rodrigues ficou satisfeito com o resultado da feira, que retornou depois de seis anos sem realização.
“A partir desta edição a Efapi estabelecemos um marco, que é a separação da feira dos shows, iniciativa que teve a aprovação do público. Montamos uma Arena de Shows que vai servir para muitos outros shows e festivais. O volume de negócios, principalmente no setor imobiliário mostra a pujança de Chapecó, que vem crescendo muito acima da média estadual e nacional. Agora vamos avaliar a feira e projetar uma feira ainda melhor para 2025”, disse João Rodrigues.
O maior volume de negócios foi no 17º Salão do Imóvel, onde foram fechados R$ 94 milhões em vendas e R$ 342 milhões prospectados, segundo o presidente do Secovi, Alexandre Brum.
“Foram vendidas muitas unidades dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, estúdios mobiliados para morar e alugar, tivemos lançamento de apartamentos, condomínios e loteamentos, além de salas comerciais”, disse Brum.
O coordenador do Salão do Imóvel, Rodrigo Guerra, disse que somente a sua empresa, a Protema, fechou R$ 17 milhões em negócios e pretende fechar mais uns R$ 5 milhões nos próximos dias.
O secretário de Desenvolvimento Sustentável e Obras Estruturantes, Valmor Scolari, avaliou que o bom volume de vendas tem relação com as medidas de desburocratização adotadas pela Administração Municipal desde 2021, que resultou em mais de três milhões de metros quadrados de construção aprovados no período.
O pavilhão automotivo gerou R$ 28 milhões em veículos vendidos e mais R$ 53 milhões projetados para os próximos meses, segundo o coordenador adjunto da feira e Diretor de Desenvolvimento Econômico, Elio Francisco Cella.
O setor de máquinas pesadas, equipamentos e tratores também teve bom movimento. Foram mais de R$ 45 milhões em negócios fechados e R$ 40 milhões em negócios prospectados, segundo um dos coordenadores de negócios da Efapi, Gilberto Badalotti, e o presidente da ACIC, Lenoir Broch.
A PESA-CAT vendeu R$ 10 milhões na feira e prospectou mais R$ 15 milhões, segundo o gerente da filial, Jorge Hack. Foram 12 a 13 máquinas, principalmente retroescavadeiras, segundo o consultor de vendas, Alisson Ramalho.
A MPM trouxe uma minicarregadeira articulada finlandesa, que tem mais de 200 acessórios. A empresa, sediada em Cordilheira Alta, vendeu cerca de R$ 6 milhões em máquinas e tem mais R$ 8 milhões encaminhados para os próximos meses, segundo o proprietário da empresa, Robson Motta.
A Bugio Tratores faturou R$ 6,5 milhões na feira, sendo um trator de 400 cavalos no valor de R$ 2,4 milhões, além de outros oito tratores e uma colheitadeira. Além disso tem mais R$ 6 milhões projetados.
“O resultado foi excelente nas vendas pois a Efapi é uma feira principalmente para relacionamento com os clientes”, disse o gerente comercial Jean Lisboa.
Já o vendedor José Valmor Farias, da Piazza Tratores, calculou R$ 3,2 milhões em vendas e mais R$ 4 milhões prospectados. Ele disse que participa da Efapi desde 1979.
O presidente do Centro Empresarial Chapecó e um dos coordenadores de negócios da Efapi, Marcos Barbieri, disse que mais uns R$ 40 milhões a R$ 50 millhões foram gerados pelo Pavilhão do Comércio, outros expositores do Pavilhão I que não são do setor imobiliário, outros expositores externos, o setor gastronômico, shows e o setor agropecuário.
“Isso somente o que foi gerado dentro do parque da Efapi. Sem contar o movimento econômico dos estacionamentos, empresas de montagem e desmontagem, postos de combustível, hotéis, restaurantes de fora do parque, transporte e outros serviços”, disse Barbieri.
Depois de seis anos, a Efapi voltou com tudo. E já promete uma grande feira para 2025. |