O Ministério Público da Espanha deu início ao processo contra Luis Rubiales nesta sexta-feira, três dias depois de Jenni Hermoso denunciá-lo por agressão sexual. O dirigente deu um beijo forçado na atacante da seleção espanhola durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo Feminina e se encontra suspenso provisoriamente pela Fifa do cargo de presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
A promotora Marta Durántez Gil formalizou a denúncia à Audiência Nacional, o que faz com que Rubiales possa ser julgado pela via penal. Pelo crime de agressão sexual, ele pode pegar de um a quatro anos de prisão. O dirigente também pode responder por possível coerção, uma vez que Hermoso afirmou em depoimento à Promotoria que ela e seus familiares sofreram pressão de Rubiales e de seu entorno para que a jogadora "justifique e aprove o que aconteceu".
Na última terça-feira, a Federação Espanhola, sob comando interino, anunciou a demissão do técnico da seleção feminina, Jorge Vilda, apoiador de Rubiales.
Hermoso já havia se manifestado publicamente sobre o caso, quando deixou claro que o beijo recebido não foi consentido, desmentindo declarações de Rubiales.
- Quero esclarecer que em momento algum consenti o beijo que ele me deu, e em momento algum tentei levantar o presidente. Não tolero que se coloque em dúvida a minha palavra, muito menos que inventem palavras que eu teria dito - disse Hermoso. |