O réu, acusado do massacre em Saudades, no Oeste de Santa Catarina, se negou a acompanhar a argumentação da acusação do júri na manhã desta quinta-feira (10). Ele chegou no Fórum de Pinhalzinho/SC por volta das 8h e está em uma sala separada.
O júri iniciou por volta das 9h e deve se estender ao longo do dia. O trabalho iniciou com a explanação da acusação e, em seguida, da defesa. Cada parte teve uma hora e meia para apresentar suas argumentações.
O réu retornou ao plenário para acompanhar a explanação da defesa, momento em que o advogado do acusado passou a fazer a argumentação.
Atuam na acusação, os promotores de justiça Bruno Poerschke Vieira, Douglas Dellazari, Fabrício Nunes e Julio André Locatelli, com assistência do advogado Luiz Geraldo Gomes dos Santos. Na defesa está o advogado Demetryus Eugenio Grapiglia.
As ruas que circundam o fórum seguem fechadas, sob forte esquema de segurança, até o final do julgamento.
Primeiro dia de júri:
O primeiro dia de júri contou com uma amanhecer chuvoso. Mesmo com o tempo instável, uma fila se formou em frente ao fórum. Entre eles estavam interessados em acompanhar a sessão, familiares e amigos das vítimas.
Um grupo de pessoas expôs faixas em frente ao local do júri em manifestação, com pedidos de justiça e paz. Alguns grupos também utilizaram camisetas confeccionadas para a ocasião.
Conforme o TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), depois da formação do conselho de sentença – composto por seis mulheres e um homem, por sorteio -, foram ouvidas três vítimas do ocorrido.
Na sequência teve início a oitiva de testemunhas de acusação, sendo duas presencialmente e uma online. A defesa ouviu duas testemunhas de maneira remota e outra presencial. Foram dispensadas três vítimas, cinco testemunhas de acusação e uma de defesa.
Outro ponto forte e muito aguardado foi o interrogatório do réu. Porém, o acusado exerceu o direito de permanecer em silêncio. |