O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que "tentaram corromper" a Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas últimas eleições. Lula referiu-se a investigações que apontam uso político da corporação pelo então diretor-geral da PRF no governo Jair Bolsonaro, Silvinei Vasques, preso nesta quarta-feira pela Polícia Federal.
— Tentaram corromper a Polícia Rodoviária Federal para não deixar pobre votar — afirmou Lula, que também acusou Bolsonaro de injetar R$ 300 bilhões em programas sociais às vésperas da eleição para "comprar voto".
Em um discurso carregado de críticas ao governo Bolsonaro, Lula acusou ainda o ex-presidente de ser "responsável por pelo menos metade das mortes de Covid-19", devido a uma postura "negacionista" e por "não respeitar a ciência".
As investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) apontam que Vasques coordenou blitzes da PRF, no dia do segundo turno, em áreas onde Lula havia tido votações elevadas contra Bolsonaro. O foco da atuação da PRF foi em municípios da região Nordeste, que concentrou o maior número de operações no fim de semana de 30 de outubro.
Agenda no Rio
As declarações de Lula ocorreram durante cerimônia em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, na qual o governo federal anunciou recursos de cerca de R$ 3 bilhões para a construção de um anel viário na região e para a compra de veículos do sistema BRT.
Ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e do governador Cláudio Castro (PL), Lula se comprometeu a anunciar mais obras para o estado em um futuro próximo. Também participaram do evento os ministros Jader Filho (Transportes), Nísia Trindade (Saúde), Márcio França (Portos e Aeroportos), Anielle Franco (Igualdade Racial), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência) e o presidente da Embratur Marcelo Freixo.
Lula, Paes e Castro participam amanhã, no Theatro Municipal do Rio, do lançamento da nova edição do Programa de Aceleração do Crescimento, batizado de Novo PAC. |