O Banco Central anunciou nesta segunda-feira, dia 19, durante reunião plenária do Fórum Pix, o lançamento do Pix Automático em abril de 2024. A novidade prevê a realização de pagamentos recorrentes de forma automática, com autorização do pagador. A ideia é permitir o uso do Pix em múltiplos modelos de negócios, sejam digitais ou por estabelecimentos físicos.
Conforme o Banco Central, empresas de qualquer segmento e porte que necessitem de pagamentos periódicos poderão utilizar a novidade, entre elas, companhias de serviços púbicos (energia, telefonia, etc.), firmas de seguros, escolas, academias, condomínios, serviços de streamings, clubes por assinatura, entre outros.
“Atualmente, o débito automático, por exemplo, depende de convênios bilaterais com múltiplas instituições, gerando complexidade e custos elevados, o que restringe o serviço a grandes empresas. Por outro lado, os pagamentos recorrentes no cartão de crédito não são acessíveis a parte relevante da população”, destacou o Banco Central.
De acordo com Carlos Eduardo Brandt, coordenador do Fórum Pix, o pagamento automático vai ampliar o uso do Pix e também trará mais competitividade ao setor.
Como funcionará
Segundo informou o Banco Central, o cliente, ao assinar um contrato com o prestador de serviço, como escola ou academia, manifesta a intenção de pagar via Pix Automático e informa os dados bancários, momento em que receberá uma notificação no aplicativo do banco para confirmar a autorização. A partir daí, os pagamentos serão efetuados de forma automática, sem que o cliente tenha que autenticar cada transação.
Outra possibilidade será confirmar a autorização por meio da leitura de QR Code ou pelo Pix Copia e Cola, já bastante usados atualmente.
Facilitar a gestão pelo usuário
Assim como os Pix tradicionais, o Pix Automático será gratuito para o pagador e poderá ser tarifado no recebimento pelas empresas. O pagador terá à sua disposição uma série de funcionalidades para gerir os pagamentos recorrentes como estabelecer um limite máximo do valor da parcela a ser debitada, podendo cancelar a qualquer momento a autorização.
"O Banco Central vem trabalhando nesse produto desde o final de 2021, desenvolvendo estudos preliminares e conversando com diversos agentes de mercado para mapear gargalos e necessidades, de forma a possibilitar a construção de um modelo bastante adequado à demanda das empresas, independente do setor de atuação, e que enderece as ineficiências e lacunas presentes. [...] Acreditamos que esse produto irá trazer benefícios a todos os atores envolvidos e tem potencial de gerar uma grande economia e incentivar ainda mais a eletronização de pagamentos", completou o coordenador do Fórum Pix. |