O jornalista que questionou Vinicius Junior sobre o gesto de "segunda divisão" feito para a torcida do Valencia, no último domingo, após o brasileiro ser vítima de racismo no Estádio Mestalla, escreveu uma coluna na qual critica o atacante nesta terça-feira. No texto publicado no jornal "SuperDeporte", de Valência, Andrés García diz que "boa parte do futebol espanhol não gosta" de Vini Jr.

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- Não sou burro, Vinicius. Sou apenas um jornalista que te fez uma pergunta, que você respondeu com um insulto. Um gesto, como o de "Segunda", como tantos outros. Não sou burro. Nem a torcida do Valencia. Nem a maioria dos estádios e das torcidas da primeira divisão que te conhecem faz tempo. Não cola.

Boa parte do futebol espanhol e dos seus próprios companheiros de profissão não gostam de você. Mas não por ser de raça preta. Não gostam de você porque provoca, falta ao respeito e menospreza tudo que não se chame Real Madrid."
— Andrés García, jornalista espanhol, em coluna sobre Vinicius Junior

O atrito ocorreu depois do duelo entre Real Madrid e Valencia, no domingo, quando Vinicius Junior foi alvo de insultos racistas por parte da torcida do Valencia. Enquanto distribuía autógrafos, o atacante foi perguntado se pediria perdão à torcida rival pela provocação que fez, em referência à luta contra o rebaixamento. O brasileiro reagiu perguntando: "Você é burro?".

Vinicius exibiu o número 2 com as mãos, fazendo referência à segunda divisão, como reação aos insultos da torcida do Valencia, que luta contra o rebaixamento. O gesto ocorreu logo após o brasileiro ser expulso, depois de uma confusão com o goleiro Mamardashvili.

O jornalista diz que Vinicius ri dos adversários e dos árbitros, assim como fez diante da pergunta no último domingo. E só depois cita o episódio de racismo sofrido pelo brasileiro no estádio.

- Todos nós condenamos o racismo. Todos aplaudimos que se identifique e castigue os que te insultararam pela cor da sua pele. Todos queremos essas pessoas fora do Mestalla para toda a vida. Não erre, Vinicius. Não misture. Não nos tire de burros - conclui o texto.