O técnico Argel Fuchs não quis falar sobre a manutenção do zagueiro Victor Ramos no elenco da Chapecoense, mesmo após o defensor se tornar réu na operação Penalidade Máxima, processo que investiga o esquema criminoso de aliciamento de jogadores de futebol por apostadores para manipulação de eventos durante partidas. Avaí e Chapecoense se enfrentaram pela Série B, na Ressacada, na sexta-feira,12 com vitória da Chape.
Desde que o caso veio a público, tem sido padrão os clubes afastarem e até demitirem atletas envolvidos no processo de seus elencos , mesmo quando os investigados atuavam por outras agremiações à época dos fatos.
Em entrevista à repórter Fernanda Moro, no Sportv, antes do jogo em Florianópolis, Argel foi breve e desconversou sobre o assunto:
- Bom, eu não gostaria de falar sobre isso. Eu sou funcionário do clube. Eu tenho que me preocupar com a parte tática, com a parte técnica. Me desculpa, mas não é um assunto que me interessa, obrigado! - afirmou Argel.
O Leão da Ilha tem dois jogadores citados nas investigações na operação Penalidade Máxima II. O zagueiro Raphael Rodrigues foi afastado preventivamente esta semana, enquanto o também defensor Didi não foi relacionado para o jogo contra a Chape. Ambos aparecem em conversas interceptadas pelo Ministério Público de Goiás com apostadores envolvidos no esquema.
O treinador do Avaí, o interino Marquinhos Santos lamentou a situação em que o futebol brasileiro se encontra e sobre o afastamento dos atletas do clube:
- Primeira coisa, o afastamento dos dois foi necessário. Ponto positivo para o clube, para a diretoria (...) A gente fica chateado, entristecido porque a gente sempre batalha para ter um futebol bonito, honesto e a gente está dando um mau exemplo - disse Marquinhos Santos.
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