A concordiense Inaraí França, de 26 anos, já realiza há quase uma semana seu tratamento contra a doença de Lyme, enfermidade que a atinge há 17 anos e que pode levá-la a morte devido ao estágio avançado que se encontra. O tratamento é feito na cidade alemã de Bad Aibling, na Europa. Os primeiros procedimentos realizados nesta semana, apesar de difíceis, obtiveram êxito.
Conforme a mãe de Inaraí, Loresnei França, na quarta-feira, dia 17, Inaraí foi submetida a um dos primeiros métodos do complexo tratamento. Trata-se de Hipotermia de Corpo Inteiro. Anestesiada, ela ficou o dia todo submetida ao procedimento, recebendo medicamento de hora em hora. O resultado foi considerado bastante positivo, conforme a mãe dela.
Esta era uma etapa do tratamento que Loresnei mais tinha receio por conta das reações. “Este era o que eu tinha mais medo, medo das reações. Ela ficou lá o dia todo, não veio pro quarto. Eu dormi com ela na sala de recuperação. Ela ficou extremamente esgotada, muito cansada. Mas, graças a Deus, as reações que eu mais temia, que era crise de dor e desmaios, ela não teve. Deve ser tanta oração vindo de Concórdia.”
Loresnei conta que na quinta-feira a filha ficou praticamente o dia todo em repouso no quarto da clínica alemã. Foi um dia de recuperação, sem exames a serem realizados. Na próxima semana, ela deverá passar pelo método novamente. Ela tem mantido contato com outras pessoas da clínica, que estão acompanhado pacientes com a mesa doença, de diversos países.
Na última semana de tratamento, no início de maio, ela deve passar por um procedimento novo, chamado Plasmaferese, semelhante à hemodiálise. “O sangue dela vai passar por uma máquina, e vão fazer uma limpeza geral para tentar eliminar bactérias do sangue. Muita medicação, só que 50% da medicação é vitamina. O Lyme consome as vitaminas do corpo. Fizemos um exame de deficiência de vitaminas, falta colágeno, ferro, vitaminas A, B e C”.
Tratar a doença foi possível após uma série de campanhas realizadas por ela, pela família e por amigos desde o início do ano. Várias ações foram realizadas e a comunidade concordiense a ajudou. No entanto, os gastos continuam. Por isso, os amigos seguem organizando algumas campanhas para continuar arrecadando recursos. As informações podem ser vistas na página Pela Vida de Nara.
A concordiense convive com a doença há 17 anos. Até conseguir ter o diagnóstico da doença, a jovem passou por cerca de 22 médicos e diversos tratamentos que tentaram identificar o que causava uma série de dores e mal-estar. Por conta da demora no diagnóstico, ela já está na terceira fase da doença, que é a neurológica, com bactéria alojada no cérebro. Todos os métodos de tratamento existentes no Brasil já foram tentados por ela.
|