Diante da derrota do Criciúma por 1 a 0 em casa para a Chapecoense, no domingo, a torcida do Tigre não aliviou. Sobraram vaias para o time e xingamentos direcionados ao presidente Jaime Dal Farra. Insultos que acabaram abafados - ou pelo menos atrapalhados - pelo sistema de som do estádio Heriberto Hülse, que começou a executar o hino do clube ainda com a bola rolando. Os tricolores na arquibancada protestaram ainda mais.
Ainda no domingo, o operador de som Renato Teixeira, responsável por fazer o hino ecoar no Majestoso, desabafou no Instagram. O profissional que presta serviços ao Criciúma afirmou que apenas cumpriu ordens e que não seguirá na função.
Renato é freelancer no sistema de som do Heriberto Hülse desde 2013. Em contato com o GloboEsporte.com, ele afirmou que o alerta para um possível protesto chegou nos primeiros minutos do primeiro tempo. A ordem era executar o hino mesmo com a bola rolando, algo incomum.
- Eu não acreditei no que estava lendo. Questionei, avisei que isso iria inflar ainda mais a torcida, que iria repercutir como forma de pressão, de que estavam tentando abafar o protesto - disse.
No próximo jogo do Tigre em casa, no dia 24 de março, contra o Avaí, Renato garante que estará no estádio, mas como torcedor.
- Estarei na arquibancada, no lugar que frequentei até o início de 2013. Lógico que a vontade de não ir ao estádio em forma de protesto também fala, mas a diretoria passa e o Criciúma é maior do que isso.
Procurado, o Criciúma não se manifestou oficialmente sobre o caso até a publicação desta matéria.
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