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07/03/2019
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DESABAFO: gerente da Celesc pede exoneração e critica direção da Celesc


A mudança na organização administrativa das agências da Centrais Elétricas de Santa Catarina - Celesc, motivou um pedido de exoneração do atual gerente local da Agência de Concórdia, Jairo Antônio da Silva. Pelas informações divulgadas em fevereiro, a agência local deixará de ter autonomia, quando respondia para Florianópolis, para ser apenas uma unidade, que fica subordinada a Chapecó.

O pedido para deixar o cargo foi feito na manhã desta quinta-feira, dia 07, em uma carta aberta enviada pelo até então gerente. No texto, ele explica as mudanças que ocorrerem dentro da empresa e deixa claro que tentou, por meio de reuniões, pedir para que a nova direção da Celesc, que começou a atuar neste ano, após o governador Carlos Moisés assumir as funções, não efetuasse as alterações.

"Considerando que esse processo de reestruturação não foi construído dialogando com os gerentes regionais , tão pouco com a sociedade civil, me senti compelido a dialogar com o novo presidente. Considerei que o contraditório seria importante nesse processo, e que minha experiencia de 30 anos de Celesc poderia contribuir com uma análise mais profunda e serena do tema. Infelizmente, o contraditório não foi bem recebido pelo novo presidente da Celesc, que parece preferir dialogar somente com quem concorda com as suas ações, mesmo equivocadas, como o caso em questão. Dessa forma, infelizmente, coloquei meu cargo à disposição, solicitando a minha exoneração do cargo de gerente da Agência Regional de Concórdia", disse ele na carta.

Jairo deixa claro, ainda, no texto, o que a mudança acarretará para o município. "Passará a ser uma unidade operacional subordinada à Chapecó, perdendo a autonomia na tomada de decisões à região e deixando de contar com os caminhos atuais para dialogar com a Administração Central da empresa, trazendo prováveis prejuízos ao atendimento da sociedade. Concórdia deixará de contar com as divisões técnicas e administrativa/comercial, passando a necessitar de orientação da Agência de Chapecó para o exercício dessas funções".

Por ser funcionário de carreira dentro da Celesc, onde atua há cerca de 31 anos, Jairo continua no quadro de funcionários da empresa. Antes de ser convidado a assumir a função de gerente, em julho de 2018, ele trabalhava como projetista da companhia. "Continuarei trabalhando em prol da empresa que amo, fazendo o melhor que posso, mas convicto de não compactuar com aquilo que verdadeiramente não concordo", finalizou.

Desde esta quinta-feira, Silva não responde mais como gerente. O novo responsável pela unidade local deverá ser definido nos próximos dias. O atual presidente da Celesc, anunciado pelo novo governador, é engenheiro mecânico Cleicio Poleto Martins. Veja a íntegra da carta ao fim da reportagem.

Entenda as mudanças

Depois de um estudo detalhado sobre a atual estrutura das agências regionais em todo o estado, a Celesc reuniu diretores e gerentes nessa segunda-feira, 18 de fevereiro, para apresentar o novo modelo organizacional. As 16 regionais vão permanecer onde estão. A partir do mês de maio, haverá um novo enquadramento nas estruturas, que passam a contar com oito núcleos e oito unidades. A nova configuração surge para compatibilizar o porte das unidades administrativas com a respectiva estrutura de sistema elétrico e a dimensão do mercado consumidor.

A atual estrutura das agências foi montada em 2009 e não sofreu alterações desde então. Hoje, o porte e a complexidade do sistema elétrico, em vários casos, não estão mais compatíveis com essa composição. Também há uma assimetria entre as agências, em virtude da expansão do sistema elétrico e das unidades consumidoras atendidas, que não ocorreu de forma uniforme em todas as regiões.

Na época, a realidade era de 72 mil km de rede de média tensão, 142 mil transformadores e 2,11 milhões de unidades consumidoras em todo o estado. Na última atualização dos dados, em 2018, a realidade era bem diferente: 81 mil km de rede de média tensão, 177 mil transformadores e 3,03 milhões de unidades consumidoras em Santa Catarina. “Sendo assim, se faz urgente um modelo de gestão que agregue resultados rapidamente e melhore a eficiência para racionalizar os processos da empresa e manter a concessão”, pontuou o presidente Cleicio Poleto Martins.

A racionalização da estrutura das agências também vem auxiliar no trabalho para atingir as metas regulatórias com ganho operacional, foco nos indicadores técnicos, comerciais e equilíbrio econômico-financeiro.

Os oito núcleos vão representar as regiões Sul, Leste, Norte, Alto Vale, Meio Oeste, Oeste, Planalto e Grande Capital. As oito unidades estarão em Criciúma, Videira, São Miguel do Oeste, Mafra, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul, Rio do Sul e Concórdia. “A nova estrutura está adequada ao nosso compromisso da gestão, com foco na eficiência, no respeito aos cidadãos e na gestão técnica. Sendo assim, os gerentes seguem o perfil técnico e as decisões serão tomadas de forma isonômica, priorizando a necessidade do sistema elétrico, da sociedade e as exigências da ANEEL. Juntos, trabalhando para uma Celesc pública, com a importante missão de prestar serviço aos catarinenses”, reforçou o presidente Poleto.

Conheça, abaixo, a nova estrutura dos núcleos e unidades. Núcleos
Helton Julio Perraro – Sul
Pedro Paulo Molleri – Leste
Wagner Vogel – Norte
Cláudio Varella – Alto Vale
Silvia Pozzobom – Meio Oeste
Paulo Giacomazzi – Oeste
Gladimir Jeremias – Planalto
Renato Borba Rolim – Grande Capital

Unidades

Bárbara Kely Cittadin Ceron – Criciúma
Manoel Arisoli Pereira – Rio do Sul
Luiz Lazzari – Videira
José Reinaldo Volkweis – São Miguel do Oeste
Leandro Gonçalves de Oliveira – Mafra
Danilson Agnaldo Mendes Wol – Jaraguá do Sul
Carlos Alberto Becker Junior – São Bento do Sul
Jairo Antônio da Silva – Concórdia

Carta

Bom dia para todos

Gostaria de começar essa mensagem demonstrando a minha ligação com a Celesc, que transcende o vínculo que firmei quando assinei o meu contrato de trabalho em 1988. Meu falecido pai, João Baptista da Silva, também foi trabalhador dessa empresa. Por essas coincidências que a vida nos proporciona, meu pai foi admitido na Celesc no mesmo ano em que nasci, lá para os idos de 1966. Cresci convivendo com a agenda de trabalho do meu pai e, desde pequeno, sabia que queria seguir os seus passos. Tive o privilégio de passar em três concursos na empresa, e dar continuidade à história do meu pai, orgulhoso do que conquistei e vivenciei até aqui.

Em 2018, depois de completar três décadas de dedicação à Celesc, fui convidado pelo ex-presidente Cleverson Siewert para assumir a gerência da Agência Regional de Concórdia. Foi um momento muito especial, o reconhecimento de todo o trabalho que realizei ao longo da minha jornada na empresa e um estimulo para continuar trabalhando ainda mais, em prol da empresa, dos empregados e da sociedade catarinense.

No começo de 2019, como consequência das mudanças no cenário político estadual e a eleição do Comodante Moisés para o governo de Santa Catarina, o então presidente Cleverson Siewert saiu da empresa, dando início a um processo de reformulação na Diretoria e no Conselho de Administração da Celesc, com destaque para a indicação do novo presidente da companhia.

Egresso da iniciativa privada e sem experiencia como executivo no setor elétrico do país, o novo presidente decidiu em um curtíssimo espaço de tempo (60 dias) promover uma profunda reestruturação na organização do trabalho nas 16 Agências Regionais da empresa, modificando uma estrutura vigente durante décadas. Em linhas gerais, a Agência de Concórdia deixará de ser, de fato, uma “Agência”. Passará a ser uma unidade operacional subordinada à Chapecó, perdendo a autonomia na tomada de decisões à região e deixando de contar com os caminhos atuais para dialogar com a Administração Central da empresa, trazendo prováveis prejuízos ao atendimento da sociedade. Ademais, Concórdia deixará de contar com as divisões técnicas e administrativa/comercial, passando a necessitar de orientação da Agência de Chapecó para o exercício dessas funções.

Considerando que esse processo de reestruturação não foi construído dialogando com os gerentes regionais (fomos apresentados ao projeto depois de pronto, o dito “prato feito”), tão pouco com a sociedade civil e seus legítimos representantes (prefeitos, vereadores e deputados) me senti compelido a dialogar com o novo presidente, ressalvando os aspectos abordados nessa mensagem, dentre outros, cumprindo com a minha obrigação de gerente regional da Celesc. Considerei que o contraditório seria importante nesse processo, e que minha experiencia de 30 anos de Celesc poderia contribuir com uma análise mais profunda e serena do tema. Imaginei que poderíamos abrir efetivamente o debate sobre essa reestruturação com todos os interessados, para que o resultado desse processo fosse o mais adequado à empresa, empregados e sociedade.

Infelizmente, o contraditório não foi bem recebido pelo novo presidente da Celesc, que parece preferir dialogar somente com quem concorda com as suas ações, mesmo equivocadas, como o caso em questão. Dessa forma, infelizmente, coloquei meu cargo à disposição, solicitando a minha exoneração do cargo de gerente da Agência Regional de Concórdia.

Continuarei trabalhando em prol da empresa que amo, fazendo o melhor que posso, mas convicto de não compactuar com aquilo que verdadeiramente não concordo, porque no final das contas o mais importante é a manutenção da Celesc Pública, patrimônio dos catarinenses.

Atenciosamente,
Jairo Antônio da Silva
Fonte: Rádio Rural- foto divulgação
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