A Chapecoense chegou à marca de cinco jogos seguidos sem vencer na temporada - três pelo Campeonato Catarinense, um pela Copa do Brasil e outro pela Sul-Americana. São duas derrotas consecutivas e a dificuldade em equilibrar defesa e ataque.
Arma recente do Verdão, a defesa tem vacilado. Nas cinco partidas, foram quatro gols sofridos. Rafael Pereira atuou em todos os duelos, enquanto Douglas esteve em três e Joílson nos dois últimos, inclusive a derrota para o Avaí, quarta-feira passada.
– Temos que assimilar os erros, ver para consertar. Tomamos gol (contra o Avaí) que vínhamos tomando, o professor bateu nessa tecla da segunda bola e tomamos o gol assim – disse Renato à rádio Oeste Capital.
A falta de consistência no setor não é recente. No estadual, são 10 gols sofridos em 10 jogos, a pior marca de um integrante do G-4. A média é superior a que o clube teve na reta final do Brasileirão de 2018. Nos últimos nove jogos, diante de rivais mais qualificados do que os agora enfrentados pela Chape, foram oito.
O retrospecto com Claudinei Oliveira
Chape nos últimos cinco jogos Chape em 2019 Reta final do Brasileirão 2018
0 vitórias 5 vitórias 4 vitórias
3 empates 6 empates 1 empate
2 derrotas 2 derrotas 4 derrotas
1 gol marcado 13 gols marcados 5 gols marcados
4 gols sofridos 11 gols sofridos 8 gols sofridos
A produção ofensiva também tem deixado a desejar. Um gol marcado em cinco partidas é o reflexo natural da falta de vitórias - Everaldo foi o único a balançar a rede, no empate com o Unión La Calera, pela Sul-Americana.
Claudinei Oliveira chegou a mudar o esquema na última quarta, mas não teve sucesso. Wellington Paulista era o titular, mas se machucou e deu lugar a Everaldo. Renato, o único a atuar em todas as partidas, não desencantou - em 2018, foi o artilheiro do Avaí com 12 gols na Série B. Lourency e Alan Ruschel também foram utilizados no setor ofensivo.
Renato foi artilheiro do Avaí na Série B do ano passado, mas não desencantou ainda na Chapecoense — Foto: Marcio Cunha/Chapecoense Renato foi artilheiro do Avaí na Série B do ano passado, mas não desencantou ainda na Chapecoense — Foto: Marcio Cunha/Chapecoense
Renato foi artilheiro do Avaí na Série B do ano passado, mas não desencantou ainda na Chapecoense — Foto: Marcio Cunha/Chapecoense
A própria artilharia da temporada não teve nenhum jogador despontando. Everaldo fez três, seguido por Wellington Paulista, Lourency e Rafael Pereira. O problema do Verdão é compartilhado na armação e também na finalização. Contra o Leão, quando a chance apareceu, ninguém conseguiu balançar as redes.
– Cada um tem que melhorar mais, não podemos desperdiçar ponto na competição, lá na frente podemos precisar. A gente evoluiu para o jogo passado, sabemos que podemos melhorar mais ainda no último passe e na finalização. Tem que dar um pouco mais e em casa. Precisamos vencer para seguir entre os primeiros lugares – apontou Elicarlos.
Os números desequilibrados fizeram a Chapecoense cair para a terceira colocação do Campeonato Catarinense. Agora, vai tentar a recuperação dentro da Arena Condá. Sábado, 19h, enfrenta o lanterna Metropolitano disposto a enfim acabar com o jejum. |