O governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), em entrevista no Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, nesta quarta-feira, fez um balanço dos 10 meses à frente do Executivo estadual e falou sobre a transição com o governo eleito de Carlos Moisés da Silva (PSL).
Em conversa com os jornalistas Raphael Faraco e Renato Igor, o emedebista relembrou que logo que assumiu o governo anunciou a necessidade de reduzir o tamanho do Estado, por conta do limite legal de comprometimento da receita com folha de pagamento. Conforme Pinho, o resultado com as medidas tomadas tem sido positivo até agora.
— A projeção era de déficit de R$ 2 bilhões para 2018. Entrego o governo com déficit abaixo de R$ 700 milhões, portanto uma economia de mais de R$ 1 bilhão, com salários em dia. Essa foi uma conquista. Diminui 15 secretarias regionais, quatro secretarias centrais, entre cargos comissionados e funções gratificadas, mais de 400 cortes. Nós fizemos o trabalho — declarou.
Mesmo assim, para 2019 a previsão é de até R$ 2,3 bilhões em déficit, no que o governador reconheceu ser a maior preocupação do Estado. Pinho Moreira disse que é possível enxugar mais a máquina pública, afirmando que a legislação no ano eleitoral trouxe dificuldades nesse sentido, sendo preciso mudanças estruturais por meio das leis.
Sobre a transição, contou que conversa com Carlos Moisés quando há necessidade de informações adicionais e que o governador eleito sempre comunica o que vem fazendo:
— Abri todas as informações, chamei todos os auxiliares. É uma transição honesta, transparente e contribuindo para Santa Catarina ficar melhor.
Questionado se o MDB vai "mergulhar de cabeça" no novo governo, ele garantiu que "definitivamente não" e comentou que as manutenções de Paulo Eli na Secretaria da Fazenda e de Leandro Lima na Administração Prisional (novo nome da Justiça e Cidadania) não têm relação com o partido.
— Ele (Moisés) não convidou por serem de partido A ou B. Fazer política não é pecado, mas eles são eminentemente técnicos. Um é agente prisional, pela primeira vez na história tive a coragem de colocar um agente como secretário de Estado nessa secretaria, e o Paulo Eli é reconhecido como um dos melhores técnicos de Santa Catarina — argumento. |