Assim como o Mineirão, a Arena Condá também foi oferecida para realizar o segundo jogo da final da Libertadores, entre River x Boca Junior. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon encaminhou ofício à Conmebol para que o estádio, admnistrado pelo município e utilizado pela Chapecoense, possa receber a decisão. A informação foi divulgada pelo jornalista Rodrigo Goulart, do Diário do Iguaçu, e confirmada pelo GloboEsporte.com.
A intenção é fazer uma espécie de final da paz, em um ambiente neutro e com laços recentes ligados à América do Sul - na quinta-feira o acidente aéreo da Chapecoense completa dois anos.
Para que o jogo seja realizado na Arena Condá, seria necessário um consenso da Conmebol, uma vez que o regulamento prevê estádio com capacidade mínima de 40 mil pessoas. Em 2016, quando chegou à decisão da Sul-Americana, a Chape mandaria o jogo de volta no Couto Pereira, em Curitiba, o que não ocorreu em virtude da tragédia.
– A partir do acidente da Chapecoense recebemos de todo o mundo muita solidadriedade e nos tornamos referência no futebol da paz. Neste momento, não interessa o tamanho do estádio, da cidade, mas sim o tamanho da lição que deve ficar deste tema sobre a final da Libertadores. A lição é que futebol não é isso, precisa ser motivo de alegria para as pessoas, de realização e não motivo de medo e de briga. Chapecó se coloca à disposição. Não acho muita pretensão, Chapecó representa muito bem a solidariedade, os bons valores que o futebol traz. Liguei para o presidente da Conmebol para oficiar aos presidentes do Boca e do River. Acima de tudo levantar esse tema de que o futebol precisa voltar a ser o encontro das pessoas, de realização de alegria e acima de tudo de promover a paz – disse o prefeito.
Uma decisão sobre quando e onde ocorrerá a final sai nesta terça-feira, após reunião entre os presidentes dos clubes, Rodolfo D’onofrio (River Plate) e Daniel Angelici (Boca Juniors), com o da Conmebol, Alejandro Domínguez, no Paraguai.
O segundo jogo entre River Plate e Boca Juniors ocorreria no último sábado, em Buenos Aires. Entretanto, foi suspenso por causa do ataque de torcedores do River Plate ao ônibus que transportava a delegação do Boca até o estádio Monumental de Nuñez. Alguns jogadores, como o volante Pablo Pérez e o jovem Gonzalo Lamardo, foram atingidos por estilhaços e tiveram de ser encaminhados a um hospital.
No sábado, após cinco horas de indecisão, a Conmebol resolveu adiar a partida para domingo. Entretanto, o Boca emitiu um comunicado oficial, no domingo, dizendo estar em “desigualdade esportiva”. A Conmebol decidiu, então, adiar a partida e definir data e local do segundo jogo nesta terça, em sua sede, em Luque, no Paraguai. |