Os projetos foram contemplados pelo Edital de Chamamento Público Nº 001/2023 e 002/2023 de produções culturais do audiovisual da Lei Paulo Gustavo N.195/2022 e as proponentes dos projetos são as artistas, Samantha Lucas, artista visual e Simone Talin, cartunista, que compõem o Coletivo chamado Amor de Lixo.
As artistas fazem intervenções em grafite em lixo/objeto que são descartados nas lixeiras da cidade e batem em portas de residências de três comunidades de Concórdia (Bairro Nova Brasília, Vila União e Santa Rita), oferendo arte em suas fachadas, culminando no registro de um minidocumentário com narrativas de vidas que compõem a cena cultural periférica destas comunidades. O minidocumentário será lançado ainda este mês na Câmara de vereadores de Concórdia.
As artistas esclarecem que as periferias urbanas são geralmente definidas como territórios carentes e violentos, onde predominam os estereótipos e estigmas que marcam negativamente todas as experiências de relações sociais, o que as torna alijadas das produções culturais. Aqui reside um recorte territorial de Concórdia, que busca investigar e contar o outro lado da cena cultural periférica desta cidade, através de intervenções artísticas em grafite. Linguagem artística que historicamente nasce na própria periferia.
Samantha explica que o projeto Tóc-Tóc é a extensão da vida de pessoas para a fachada de suas moradas, lugar de passagem e abrigo de vivências e experiências. A porta é o primeiro contato, primeira obra de arte, do primeiro cômodo, da primeira casa, do primeiro relato, do primeiro impacto artístico que aquela comunidade certamente vivenciará. Dessas portas, fluem diálogos e do lado de fora, a obra é de todos e a matéria morta passa a viver, além das vidas que por ela passam, finaliza
Sobre o projeto Amor de Lixo, Simone explica que é um projeto de Intervenções Artísticas em Grafite e, essencialmente trata-se de uma busca por objetos descartados nas lixeiras da cidade. O intuito do projeto é reverberar ações de sustentabilidade e consciência ambiental coletiva, atingindo não somente o público que produz esse lixo, mas quem “vive” dele (garis, cooperativas de reciclagem, empresas de aterros sanitários e órgãos responsáveis pelas políticas públicas de meio ambiente).
Acompanhe os projetos nas redes sociais do coletivo
Instagram: @amor_delixo
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